Conversas corajosas - Resenha crítica - Elisama Santos
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Conversas corajosas - resenha crítica

Conversas corajosas Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Conversas corajosas

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-5548-020-7

Editora: Paz e Terra

Resenha crítica

Conheça seus limites

Relacionar-se é como dançar. Não é algo que dá para fazer com outra pessoa sem conexão. Não podemos dançar com alguém se não soubermos como é seu ritmo e como seus movimentos mexem com os nossos próprios. Assim como a dança, as relações são uma arte. 

Pode ser que você, mesmo com boas intenções, pise no pé de seu parceiro. Para dançar bem com o outro, também precisamos saber fazê-lo sozinho. Assim é se relacionar. Precisamos conhecer nosso ritmo, gestos, passos e gostos. Nas relações, também temos que saber quais são nossos limites.

Eles dizem o quanto estamos dispostos a abrir mão e o que temos que defender com alma. Na sua vida, você vai errar os passos na dança e errará também ao se relacionar. Só que o ingrediente imprescindível das relações é a coragem, seja para dizer “sim”, seja para dizer “não”. 

Decisões importantes são emocionalmente turbulentas

A forma como vemos a coragem interfere em nossa disposição para seguir. Ela determina os nãos que engolimos para que possamos dizer “sim” a alguém. Todo mundo tem predisposição para ser corajoso. Só que o medo faz parte da definição de coragem. Ele diz que devemos deixar tudo como está.

Já a coragem, é um convite ao risco e à incerteza. O medo odeia a falta de controle, enquanto a coragem mergulha nela. Pensamos que não somos bons o suficiente e que não conseguiremos. Ser corajoso é lembrar que há mais caminhos do que o oferecido pelos nossos pensamentos temerosos. 

Isso não significa que o medo desaparecerá. Coragem não tem a ver com destemor. Decisões importantes ainda são emocionalmente turbulentas e isso não tem nada a ver com covardia. Ficamos assim por causa de nossa humanidade. As sensações do medo são parte da nossa vida neste mundo. Você não está em guerra.

Mulheres sofrem pressão social para serem perfeitas

Parte do problema da coragem é cultural. As meninas não foram educadas para serem corajosas. O valor mais importante era a perfeição. Era preciso se “comportar como mocinha” e ser “boazinha”. Risco era uma palavra proibida, enquanto a superproteção reinava. Já os meninos, tinham liberdade para brincar e se aventurar. 

As mulheres se tornaram obcecadas por fazer tudo sempre certo e chegar a um resultado perfeito. Isso não tem explicação biológica. É uma cobrança cultural. Faz parte da produção social passada ao longo das gerações. A busca feminina é por empregos, namoros e cortes de cabelo seguros.

Qualquer mudança na aparência, nos relacionamentos ou na vida profissional que envolva algum nível de risco de rejeição é descartada. A mulher foi ensinada a cuidar do outro em todas as situações. Seus presentes na infância foram utensílios domésticos de plástico. Para essas pessoas, encontrar os próprios limites e saber dizer “não” é ainda mais importante.

É melhor ser inteiro do que ser bom

Somos treinados socialmente a não encarar os próprios erros. Achamos que, se assumirmos nossas falhas, perderemos o nosso valor. Deixaremos de merecer respeito, carinho e amor. Então, mentimos sobre quem somos e o que vivemos. Nos agarramos à personagem que inventamos para sermos dignos de amor.

Só que o mundo não se divide entre gente boa e má. A totalidade não é ser perfeito, mas ser completo. É melhor ser inteiro do que ser bom. Nosso valor não está em nossos traços que são socialmente aceitos. Precisamos ter isso em mente para ter a coragem que assumir todos os nossos lados exige.

A educação baseada na punição e na recompensa nos fez perder a coragem de convocar todos os nossos traços para conviverem juntos. Mentimos para nós e para as outras pessoas. Somos como uma criança que quebrou o brinquedo da irmã por ciúme e mente para não receber reprimenda dos pais.

Coragem é seguir o impulso do coração, ainda que com medo

Somos acostumados a um conceito errado de coragem. A palavra “coragem” vem de “cor”, a mesma origem de “coração”. Seu sentido original era contar sua própria história com todo o seu coração. É uma definição diferente da que conhecemos em nossa infância. Não tem a ver com bravura.

Quando sentimos medo, não precisamos correr para silenciá-lo. Não é preciso responder na hora. Podemos escutar o medo e entendê-lo. Respirar e sentir seus efeitos no corpo. Não é preciso fugir deles. Coragem é seguir o impulso do coração, ainda que com medo. Com ela, lembramos que um erro não nos define.

Ser corajoso é saber que, independentemente do que aconteça, somos dignos de amor, respeito e carinho. Não somos perfeitos. Quando impusermos algum limite, sentiremos medo do que o outro pensará. Só que a coragem nos lembra que merecemos pertencer. Somos amáveis sendo quem somos.

Somos treinados a dizer “sim”

Aprendemos quando crianças que nossos desejos não eram prioridade. O “querer” não foi acolhido. Isso criou uma geração de adultos permissivos, que têm imensa dificuldade de dizer “não”. Os limites dos pais sempre eram conhecidos. No entanto, os nossos não existiam. Crianças só são treinadas a dizer “sim”.

Dizer “não” rendia castigos. “Criança não tem querer” é uma frase popular em muitos lares. Interiorizamos isso. Perdemos as bordas protetoras do querer. Deixamos de defender o que importa para nós. De várias formas, assimilamos o “não” como algo ofensivo, que gera punições. Ao mesmo tempo, os que dizem sempre “sim” parecem fazer o outro feliz.

Éramos crianças agradáveis, que evitavam conflitos a todo custo. Confundimos dizer “sim” com amar. Essa confusão distorce nossas relações até hoje. Por isso, alcançar a capacidade de pôr limites é uma conquista libertadora. É algo antinatural diante da educação que recebemos. Não há relação saudável sem dizer “não”.

A comunicação não violenta

Já passamos da metade do microbook e a autora conta como confundimos dependência emocional com amor. Achamos que precisamos abrir mão dos nossos limites para ter acolhimento. Esquecemos o que é existir. A forma de começar a dizer “não” é com a comunicação não violenta.

Esse é um método para se conectar com as próprias intenções e com o que está vivo em nós. É a parte mais importante de uma conversa corajosa. Para isso, o primeiro passo é aprender a observar sem julgar. O que pensamos sobre o mundo e o que ele realmente é não são a mesma coisa. Julgar diz mais sobre si do que sobre o outro.

Descreva a realidade como ela é. Não rotule ou use termos como “sempre”, “jamais” e “nunca”. Não confunda sua estimativa com a realidade. Atenha-se aos fatos. Prender-se a julgamentos atrapalha a conexão. Pode ser que o que você está sentindo interfira na conversa. Por isso, reflita também sobre suas emoções.

As pequenas chantagens emocionais

Crescemos diante de pequenas chantagens emocionais. Se não nos comportássemos do jeito “certo”, ficaríamos de castigo. Por isso, elas são difundidas nas relações adultas. Nomear uma chantagem com o nome certo traz clareza sobre o limite que precisamos defender. Existem vários tipos de chantagistas. 

É o caso dos:

  • castigadores que usam a punição para conseguirem o que querem, explorando a culpa e o senso de obrigação; 
  • sofredores, que tocam na nossa vontade de diminuir o sofrimento alheio;
  • tantalizadores, que oferecem uma recompensa que nunca vem se fizermos o que eles querem. 

Quem chantageia usa o medo, a obrigação e a culpa em seu favor. Quando eles falam alto, não pensamos direito. Por isso, não dê respostas imediatas. Quando uma pessoa propuser algo, separe um tempo para refletir. Desconfie de tudo que inclui urgência. Planeje a forma que se comunicará e como colocará limites.

O amor que não pede nada em troca ficou na infância

O ideal romântico é traiçoeiro. Procuramos relações perfeitas e impossíveis. O outro não lhe fará feliz, só você mesmo pode fazer isso. Não procure um príncipe hollywoodiano, mas alguém que esteja disposto a sentar para conversar sobre responsabilidade, organização e inseguranças.

Relações exigem disposição. Se quisermos paciência, precisamos ser pacientes. O amor que não pede nada em troca ficou na infância. Amar como um adulto implica em ter capacidade de troca. É sobre pedir e dar. Não aprendemos a cuidar do amor. Ele é como uma planta, que precisa de atenção para que não morra.

Você não é um alecrim dourado injustiçado pelo mundo. É uma pessoa como qualquer outra, educada em um mundo punitivista e violento. Somos naturalmente guiados pelo tipo de amor que conhecemos na infância. Se nosso lar era desajustado, nossos relacionamentos adultos tenderão a ir pelo mesmo caminho.

Escutando além das projeções

Escutar o outro é uma tarefa difícil, porque implica em assumir nosso lado vulnerável. Não sabemos como lidar com o sofrimento. Por isso, precisamos ter empatia, para ver além do que projetamos de alguém. Ela não extingue a dor, mas dá suporte para lidar com ela. 

Ser empático é se aventurar no mundo interno de alguém. Combinada com compaixão, é uma união inigualável. Para que funcione, precisamos abandonar nossa reatividade cotidiana. É preciso ter abertura para a escuta real, enxergando as pessoas por trás das palavras. Assim, lembramos que a humanidade nos une.

Precisamos abrir mão de defender a todo custo o nosso valor para realmente ouvir. Quando alguém contar algo difícil, apenas escute. Evite: 

  • dar conselhos; 
  • competir para ver quem tem o problema maior; 
  • falar para a pessoa pensar positivo ou dar outra resposta superficial do mesmo tipo;
  • encher a pessoa de perguntas, por pura curiosidade.

Lidando com temas difíceis

Você não tem a obrigação de conversar com pessoas que defendem ideias absurdas ou preconceituosas. Você até pode fazer isso, mas não precisa. Nossos pais, avós e tios fizeram o melhor que podiam com aquilo que sabiam. No entanto, nos rotulavam cada vez que dizíamos “não” e isso é parte da cultura educacional.

Como dissemos, aprendemos que discordar é algo que gera punição. Por isso, ao conversar sobre temas difíceis, não tenha a intenção de convencer o outro. Tenha também em mente quais são seus próprios limites de empatia e disponibilidade. Evite ser dono da verdade e saiba que o desconforto será parte da conversa.

As redes sociais nos empurram para bolhas que diminuem nossa noção da complexidade das relações. Isso aumentou a polaridade e diminuiu nossa capacidade para manter o diálogo. No entanto, saiba que, se um tema é difícil, é porque ele tem um grande potencial para mudar a realidade.

Tirando a vulnerabilidade do castigo

Não podemos controlar tudo. Uma conversa verdadeira só surge quando abrimos mão do instinto de controle. A vida não é uma planilha do Excel. Não importa o quão bem nos comportamos, viver dói. Não dá para fugir da dor. É impossível viver sem sentir ou sofrer.

Nossa energia é mais bem investida quando seguimos o rastro dos sentimentos e entendemos o que eles dizem sobre nós. As conversas mais importantes são desconfortáveis. Elas escancaram as vulnerabilidades, apertam o coração e fazem perguntar se não é melhor deixar tudo do jeito que está.

Nada é garantido. É ao se conectar com os sentimentos que se encontra a própria força. Quanto mais você pratica o autocuidado, mais forte ficará. Somos humanos, não objetos. Somos dignos de carinho, amor e respeito sendo quem somos. Amar não é um projeto para o futuro.

Notas finais

Conversas corajosas é escrito em um tom acolhedor. A autora explora temas difíceis, como permissividade, chantagem emocional, educação parental, vulnerabilidade e coragem.

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Quem escreveu o livro?

Elisama Santos é uma educadora parental que procura trazer uma melhoria no mundo através da educação não violenta. Psicanalista Especialista Emocional, e... (Leia mais)

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